{"id":944,"date":"2013-03-05T18:45:50","date_gmt":"2013-03-05T18:45:50","guid":{"rendered":"https:\/\/anelatlante.com\/?p=944"},"modified":"2018-02-18T00:01:51","modified_gmt":"2018-02-18T03:01:51","slug":"as-dezoito-vitimas-do-farao","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/anelatlante.com\/as-dezoito-vitimas-do-farao\/","title":{"rendered":"As dezoito v\u00edtimas do fara\u00f3"},"content":{"rendered":"

O \u00fanico a ficar livre das sucessivas mortes inexplic\u00e1veis, foi Howard Carter por estar usando o Anel Atlante<\/h2>\n

Quando se estuda o mist\u00e9rio dos “santu\u00e1rios”, quando se procura compreender em que consistem as defesas invis\u00edveis que os protegem, \u00e9 imposs\u00edvel aludir ao menos uma vez ao que, segundo as normas do jarg\u00e3o policial, pode-se intitular “o caso Tutank\u00e2mon”: todos os que violaram a tumba deste fara\u00f3, exceto um, foram “castigados”. O modo pelo qual se desenrolou cada uma de tais mortes parece indicar que a prote\u00e7\u00e3o do santu\u00e1rio continua vigente, transcorridos mais de 3.500 anos, com uma efic\u00e1cia t\u00e3o perfeita qu\u00e3o terr\u00edvel.<\/p>\n

<\/p>\n

\"Prote\u00e7\u00e3o<\/a><\/p>\n

Evidentemente esta explica\u00e7\u00e3o supersticiosa provoca um sorriso dos racionalistas. Para eles, a morte das dezoito presum\u00edveis v\u00edtimas da maldi\u00e7\u00e3o de Tutank\u00e2mon s\u00f3 \u00e9, na realidade, morte natural. O fato de que essas dezoito pessoas pereceram prematuramente e em circunst\u00e2ncias estranhas constitui fruto do azar, pura coincid\u00eancia.<\/p>\n

Cada vez que a raz\u00e3o triunfa sobre a supersti\u00e7\u00e3o, h\u00e1 que sentir-se satisfeito e aplaudir: bravo! N\u00e3o obstante, e sem \u00e2nimo de querer entabular nenhuma discuss\u00e3o a este respeito nem aventurar o menor coment\u00e1rio, parece-me no m\u00ednimo interessante oferecer ao leitor a possibilidade de elaborar uma opini\u00e3o pessoal sobre o caso. Um breve repassar cronol\u00f3gico dos fatos indiscut\u00edveis pode permitir que cada leitor extraia, com toda honestidade, a conclus\u00e3o que considerar mais oportuna.<\/p>\n

No dia 25 de novembro de 1922 \u00e9 descoberta a tumba de um fara\u00f3 da XVIII dinastia, Tutank\u00e2mon, por dois ingleses: lorde Carnarvon e Howard Carter. A tumba cont\u00e9m “o mais fabuloso tesouro arqueol\u00f3gico de todos os tempos”.<\/p>\n

Na entrada da tumba, aparece a seguinte inscri\u00e7\u00e3o: A morte ro\u00e7ar\u00e1 com suas asas a quem tocar o fara\u00f3.<\/strong><\/p>\n

Seriam necess\u00e1rios dez anos para levar a cabo a inspe\u00e7\u00e3o de todas as c\u00e2maras do mausol\u00e9u e retirar delas a totalidade do fabuloso tesouro. Por\u00e9m, muito antes de chegar ao t\u00e9rmino dos trabalhos, j\u00e1 se havia iniciado a hecatombe.<\/p>\n

O primeiro nome que encontramos na tr\u00e1gica lista \u00e9 o de lorde Carnarvon. Em sua agonia, ouviram-no pronunciar repetidas vezes o nome de Tutank\u00e2mon, e suas \u00faltimas palavras foram: “Acabou-se. Ouvi o chamado. Estou preparado”. No mesmo instante \u2013 simples coincid\u00eancia, evidentemente \u2013 apagaram-se todas as luzes da casa. A enfermidade que causou a morte de lorde Carnarvon nunca foi declarada. Os m\u00e9dicos supuseram que sucumbiu a uma picada de mosquito!<\/p>\n

Seis meses mais tarde, seu amigo, o coronel Aubrey Herbert, morria, por sua vez, de um mal inexplic\u00e1vel; pouco depois tamb\u00e9m sucumbia a enfermeira que cuidara dele\u2026<\/p>\n

O secret\u00e1rio particular de Howard Carter, Richard Bethell, que foi um dos primeiros a penetrar na tumba, foi igualmente um dos primeiros a morrer.<\/p>\n

Um amigo \u00edntimo de Carter, o professor La Fleur, a quem a curiosidade cient\u00edfica levara a Luxor para presenciar os trabalhos, adoeceu misteriosamente duas semanas depois de sua chegada, e morreu. Tamb\u00e9m morreu o cientista Arthur Mace: depois de ter penetrado nas c\u00e2maras secretas do mausol\u00e9u, sentiu que as for\u00e7as o abandonavam e teve de recostar-se \u2013 para nunca mais se levantar.<\/p>\n

O doutor Evelyn White, c\u00e9lebre arque\u00f3logo que fora um dos primeiros, depois de Carter, a penetrar na c\u00e2mara onde se achava a m\u00famia do fara\u00f3, teve um final ainda mais tr\u00e1gico: enforcou-se. Para explicar seu gesto desesperado, deixou escrito em sua carta de despedida: “Sucumbi a uma maldi\u00e7\u00e3o que me for\u00e7ou a desaparecer”.<\/p>\n

Outro cientista ingl\u00eas, funcion\u00e1rio do governo eg\u00edpcio, Archibald Douglas Reed, recebeu o encargo de radiografar a m\u00famia antes de trasladarem-na ao museu do Cairo. No dia seguinte ao exame radiogr\u00e1fico, Reed se sentiu subitamente enfermo; tr\u00eas dias depois morria. Era homem sadio, de constitui\u00e7\u00e3o robusta. Ainda se ignora a doen\u00e7a que acabou com ele.<\/p>\n

Ante a inquieta\u00e7\u00e3o provocada na opini\u00e3o p\u00fablica por esta sucess\u00e3o de mortes misteriosas, um alto funcion\u00e1rio do governo eg\u00edpcio comprometeu-se a esclarecer o caso e para tanto, decidiu encarregar-se pessoalmente das investiga\u00e7\u00f5es. N\u00e3o transcorreram muitos dias desde sua chegada ao cen\u00e1rio da trag\u00e9dia quando, inesperadamente, sentiu-se mal e teve de regressar ao Cairo; poucas horas depois, estava morto.<\/p>\n

No total, a lista alcan\u00e7ava dezoito nomes: dezoito pessoas que, sem exce\u00e7\u00e3o, de um modo ou de outro, participaram da viola\u00e7\u00e3o da sepultura de Tutank\u00e2mon. A estas pessoas deve-se acrescer algumas v\u00edtimas indiretas (se \u00e9 que se pode cham\u00e1-las assim), que jamais puseram pessoalmente os p\u00e9s no mausol\u00e9u, se bem que pertencessem \u00e0 fam\u00edlia de algum dos violadores, ou que tiveram ocasi\u00e3o de tocar em algum objeto sagrado do tesouro. Por exemplo: em 1939, com o motivo de festejar o ano novo mu\u00e7ulmano, a R\u00e1dio Nacional eg\u00edpcia quis fazer seus ouvintes escutarem as trompas de guerra de Tutank\u00e2mon. O museu do Cairo concordou em emprestar os preciosos instrumentos, que mantinha encerrados em vitrinas havia dezesseis anos. O ve\u00edculo que as transportava do museu \u00e0 r\u00e1dio teve um acidente e seu chofer morreu. As trombetas n\u00e3o sofreram o menor dano. Minutos mais tarde, o m\u00fasico que se dispunha a tocar uma delas ca\u00eda fulminado aos p\u00e9s do microfone.<\/p>\n

Trecho do livro – Ces Maisons Qui Tuent – Roger de Lafforest<\/p>\n

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